quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Foto fora de foco, mas eu supero.
Certa vez, me perguntaram se eu escrevia por escrever ou se eu realmente sentia o que escrevia.
Acho que foi uma boa pergunta.
Sentir o que você escreve é realmente concordar com isso? Então, qualquer um que concorde, é dono do texto, mas há algo maior em escrever. Acho que para mim é uma terapia, é descontar o ódio que eu tenho das palavras nelas proprias, por serem tão frias e tão tocantes.
Cara, as vezes eu me odeio. As vezes eu não entendo a minha eterna sorte ou falta de sorte eterna. As vezes eu não entendo como as coisas podem acontecer de forma tão estranha.No dia que eu deixar de amar, deixo de respirar. Mas, o que é deixar de amar? É ser frio? É não enxergar as coisas sensívelmente? Mas ora, que falsa sabedoria...deixar de amar é não querer mais viver, pois não se tem amor a vida, nem a si mesmo, e ora...pouco tempo se vive de conformismo. Chame a mim de hipocrita, agora, pois terá todo o direito. É obvio que deixando de amar eu deixaria de respirar. Não se pode ser mais tolo ao contestar algo assim. Ahhh, mas a sua opinião...Não estou pedindo a sua opinião.
Hoje eu estou um pouco fria, percebes?
Acho que a frieza é fundamental, não por falta de amor, mas pela presença dele, em permitir-se ser imprevisivel e chata. Sim, seja chata uma vez a cada seis meses, você vai se sentir melhor, e as pessoas vão apreciar o quanto você é legal.
Mas eu estou, verdadeiramente, pouco me importando com pessoas. É dificil saber quando elas estão entendendo e quando não estão entendendo o que vc quer dizer, é dificil explicar e é dificil senti-las, pq você não depende apenas de você para isso. É necessário que a outra pessoa permita-se ser sentida, abraçada e tocada, não superficialmente, mas na alma.
O amor que move as pessoas é tão superficial que dura dias. Milhões de dias são superficiais para o amor, o que você me diz do amor que acaba em uma semana? Não, eu não entenderia algo desse tipo como amor, nem como paixão cega ou qualquer loucura do tipo. Isso, não é nada. As vezes é necessario viver o nada, as vezes é gostoso viver o nada, as vezes é imposta a vida de nada, mas...o nada é tão vazio.
E uma vida vazia é uma vida sem amor. Ora, não se respira sem amor, não se anda sem amor. Uma vida vazia não é verdadeiramente sentida. Amar um momento, então, seria superficial? Amar no verão, amor colegial é superficial? Depende...depende das lembranças que vão ficar, depende da pureza que ele atinge, depende da vontade de mesmo quebrando a cara, fazer de novo, depende de querer.
Bom, tão subjetiva quanto eu é essa mensagem. Você nunca vai decifrar por completo e sempre terá incertezas. É isso que eu espero ter e ser, para fazer com que as pessoas que realmente querem, me leiam várias e várias vezes sem cansar, descobrindo a cada dia uma coisa nova.

Um bom dia