terça-feira, 20 de setembro de 2011

Hoje acordei meio poeta. E não se meta a achar que é certa essa invenção de poetizar. Hoje acordei meio poeta e a inspiração logo me contraria. Já não bastavam as ruas, rimas meio soltas, meio desconcertadas. Já não bastavam os barulhos de uma orquestra silenciosa de um coração que meio distante batia tão forte que parecia, de tão rápido, nem bater. Ainda mais tinham de vir os passos. Ah, os passos. Queria passar por eles, não passear com eles. Queria, na verdade, passar eles. Mas o coração, com toda a mágoa, ainda saltita, ainda soa uma proteção, um vazio, ainda almeja um encontro tranquilo. Ainda almeja encontrar-se tranquilamente consigo mesmo e encontrar aquilo que é realmente importante. O que é? Embora não saiba, algo em mim realmente pretende, ou ao menos espera, descobrir.