quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Bom, atendendo a reclamação de Senhor Silier, de que eu não posto no meu blog, estou aqui para encher linguiça, ops, escrever relatos profundos sobre o ócio em que me encontro as 02 e 09 da madrugada, horário em que deveria estar dormindo no terceiro dos meus sonos, mas não estou. Bom, hoje eu estava digitando uma parte do meu projeto-livro para 2010. Descobri que infelizmente, eu sou uma pessoa que tem preguicite aguda. E pior ainda, sou confusa. Tenho uns zilhões de personagens e histórias de vida completamente diferentes e tudo isso num mesmo livro. Os leitores (uns 5 ou 7 que lerão meu livro, aqueles amigos mais próximos) vão ficar malucos com tamanha balbúrdia. Falo de um cara muito triste, de uma advogada de bem com a vida e com saudades, de um psicopata obsessivo, de uma mulher que esconde um segredo e de um casal apaixonado no mesmo livro. Isso parece mais a casa da mãe Joana. Descobri também que adoro o meu blog. Talvez seja minha mania de escrever diários (assumo, tenho uns 6 ou 7 diarios guardados e ainda escrevo diarios atualmente) e que internet destroi qualquer possibilidade de eu ir dormir agora já que deveria querer acordar bem disposta amanhã. Ah, domingo é meu aniversário, parabéns para mim. Vou fazer 17 anos e me sinto exatamente igual a Nanda de 16 anos. A maturidade não chegou ainda, mas vai chegando aos poucos. Não é num estalo que você cresce, cresce um pouquinho por dia. Mas pelo menos agora vou dizer aos meus pais: "Eu já tenho 17 anos e vocês deveriam deixar eu fazer isso ou aquilo". Eu fico reivindicando isso e imagino: Será que um dia a gente sente falta? De mamãe puxando a orelha, de papai indo buscar nas festas? De ser coberto de noite quando faz frio, de tomar chazinho quando fica doentinho? De estudar feito um louco na escola para as provas? Ser filho cansa, mas descansa também. Acho que um dia sentimos falta dessas coisas. Se bem que se depender do meu pai, acho que eu vou ser a princesinha a vida inteira *-* Como eu amo meu pai, minha mãe também. Mãe é mãe e torna-se posto principal, mas eu sou louca por meu pai. Jogamos xadrez juntos, contamos as resenhas, compartilhamos interesses, brigamos feito cão e gato, mas um não vive sem o outro. Adoramos violão, adoramos cinema, odiamos a Xuxa e os dois são loucos por ficção científica. Acho que se eu tivesse que definir o que quero ser, olharia para meu pai e diria que quero ser metade do pai que ele é e representar para meus filhos um terço do que ele representa para mim. Adoro meu pai como profissional, como amigo, como aquele que eu puxo a orelha, como minha base, como jogador de xadrez. Detesto os conselhos sentimentais dele, são péssimos. Ele não sabe consolar e me irrita. Odeio pedir qualquer informação a ele ou pedir que me explique algo, olhar no dicionário demora menos e causa menos problemas. Ele faz piadinhas sem graça que são totalmente engraçadas na voz dele, mas ele é exagerado nisso. Tem um bom humor que chega a dar nauseas. Você vai amar passar um fim de semana em sua companhia, mas vai acabar enchendo o saco das suas graçinhas se tiver que aturá-lo por 17 anos. Adoro os presentes do meu pai. Ele erra bastante na escolha, mas quando acerta, acerta em cheio, sem dúvidas. Ele tem umas idéias bem loucas, parece uma criança as vezes. Vai topar os programas mais legais com meus amigos e morrer de ciumes, mas entender se eu quiser que ele não tope esses programas. Acho que para meu pai eu ainda sou uma menininha, embora ele não mostre sempre isso. Me perturba com os garotos mais "nada a ver" do mundo, mas não faz uma piadinha sobre os que eu me interessaria mesmo :P. Para ele, você é meu amigo, meu idolo, meu professor, homem? Você é gay. É inteligente ao extremo, tem uma linguagem cultissima, é sincero que chega a doer. É um amor de pessoa e vira um irmãozinho chato demais quando quer. É, eu vim encher linguiça e acabei afirmando o que não posso negar: Depois de 17 anos, meu pai continua sendo meu herói.

domingo, 25 de janeiro de 2009

"Que pode lhe dar além de calor, fidelidade"

É verão, são as férias, é o desapontamento e sobretudo: A juventude. Não que eu não me encaixe em algum desses discípulos dos três itens citados, na verdade mesmo sou afetada pelos quatro, diretamente. O verão é uma loucura sensacional, as férias merecidamente devem ser curtidas e o desânimo realmente nos impulsiona a tomar algumas decisões premeditadas e ao mesmo tempo não visualizando o futuramente. Já a juventude é mesmo um tema de difícil abordagem. Ser jovem nos abre portas, caminhos, idéias, oportunidades que as vezes acabamos jogando fora simplesmente por sermos jovens e por pensarmos que coisas melhores virão. Não que se deva contentar-se com a primeira coisa que nos é apresentada, a minha idéia é mesmo contentar-se apenas com o melhor, mas as vezes menosprezamos as escadas, por acharmos que os elevadores chegarão rápido para nos levar ao topo, esquecendo que nessa vida, em tudo, se sobe andar por andar, rápido, devagar, ineficiente ou eficientemente, andar por andar. Subindo e caindo, chegando quase as alturas e desabando, é mesmo assim. Então recusamos idéias boas presentes por idéias otimas que vão chegando. Achar que temos todo o tempo do mundo por sermos jovens, acho eu, uma grande bobagem. O mundo é tão incerto quanto qualquer coisa inimaginavel existente (que paradoxo filho da mãe) e se não driblarmos ele enquanto podemos ficamos passados para trás sem a menor piedade com nossos jovens sonhos e corações, ambos dilacerados. Desaponta saber que metade dos que pregam a ferro e fogo o tão sonhado "carpe diem" nem menos imaginam o que significa ele. Aproveitar o dia não é passar a tarde na praia com o maior número de gatas que você conseguir nem varrer a boate mais badalada nem tão pouco fazer o sucesso maior de todos. Muito menos ainda aproveitar o dia é passar horas e horas na frente de um computador, se alimentando de fios, cabos, redes, idéias, escritas, palavras. Tudo bem, me chame de hipócrita no momento, quem escreve se acostuma com alguns sapos que engole mesmo, ainda mais os escritores amadores, que ainda estão tentando convencer a si próprios de que não é assim tão ruim. O carpe diem passa a virar um objeto de justificativa:" Bom, eu trai porque não sei se vou estar vivo amanhã, então carpe diem" e um objeto de justificativa diria eu, errôneo e cruel. A juventude está errônea e cruel hoje em dia e eu me incluo no meio de toda a juventude, porque não faço mesmo o tipo saudosista nem intocável. Queremos curtir mesmo, zoar mesmo, bagunçar mesmo e sacanear mesmo quem nos sacaneou (fora os malucos que sacaneiam por diversão ou uma vingança maluca de quem não tem nada a ver com isso), não queremos nada sério, não pensamos em namorar, casar ou ter filhos, principalmente no verão. Amamos mais nossos amigos, curtimos muito mais nossos amigos e os relacionamentos duradouros vão ficando lá pra frente, quando acabar o tempo de curtir, ou lá atrás, quando não haverá mais tempo. Generalização nunca é exata, mas tudo bem, o que quero dizer mesmo é que criamos um padrão de curtição, um padrão de idéias, um padrão até de cabelo, um padrão de relacionamentos, e passamos a nos esconder atrás dos padrões, mesmo que em algum momento nós estejamos buscando o contrário,admitir é quase uma revolução. A fidelidade sumiu do espaço, ninguém é de ninguém, porque acho que nunca foi e nunca será, mas agora está tudo desarrumado de uma vez. Pessoas chegam a morar juntas e cultivar um relacionamento aberto. Desculpa a quem ofendo, mas para mim loucura tem limite. Beijar a mesma boca, dormir na mesma cama com um homem que pode estar beijando outra boca e dormindo em outra cama? Pelo amor de Deus. E o pior de tudo é que os tão criticados homens não são o lado mais critico da história não, as mulheres hoje em dia avançaram no sentido da vulgaridade tanto quanto eles. Vários amigos meus, antes "caçadores", já reclamaram que hoje não se acham mulheres para namorar. Não as culpo. Resolver inverter o jogo parece bastante divertido e de fato é. E namorar não é o definitivamente certo nem o obrigatório. Mas será possivel que em determinado momento você não vá querer alguém "que pode lhe dar além de calor, fidelidade"?

sábado, 24 de janeiro de 2009

Em homenagem a minha amiga lindona


Poucas pessoas ultimamente se perguntam o que realmente significa ser chamada de linda. As pessoas levam com total naturalidade, como um elogio qualquer. Mas se analisado a fundo, talvez seja bem mais que isso. Ser bonita fisicamente, ter um porte legal, ser agradavel, ter um bonito sorriso é otimo. Mas ser linda é uma totalidade, ser linda começa com uma boa aúrea, uma boa energia, uma boa cabeça e claro, ser fisicamente bela se encaixa. Mas também pode ser que seja isso tudo uma pura baboseira, já que exaltar palavras e coloca-las lá em cima sempre implica em vulgarização, como se vulgariza o verbo "te amo" como se fosse "bom dia" ou coisas do tipo. Claro que o amor não tem idade nem tempo, mas "eu te amo" não pode ser objeto de convencimento, ou pode, sei lá. Tá tudo muito conturbado por esses tempos e não, eu não sou saudosista. Mas voltando a minha linha de raciocínio, eu sempre consigo desviar minhas linhas de raciocínio (Nanda, você está impossível) algumas pessoas que conhecemos viram especiais num passe de mágica (será mesmo que não existe mágica?) Alguns sorrisos são doces, alguns amigos entram na sua vida dizendo: Oi, vim para ficar, mesmo que se calem. Algumas pessoas devem ser colocadas numa redoma de vidro, como no "pequeno príncipe", sendo a flor ou a raposa que nos cativa. Caramba, para me fazer lembrar o pequeno príncipe e citá-lo, sendo o livro mais perfeito que eu li em toda a minha vida, é, você é especial mesmo, dona Letícia.

Ps: Texto sem finalidades artisticas nem filosoficas, se ele me render um abraço, estou satisfeita.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Caramba, fugiu a minha inspiração. As vezes o grande problema de estar feliz é isso, a falta de tato para a escrita. Parece que fogem todas as poéticas palavras que outrora virariam algo de que você teria uma forte habilidade em manusear. É certissimo o pensamento de quem diz que quando tristes escrevemos melhor. Então, afirmando isso dizemos que a capacidade de expor habilidosamente o que queremos provém apenas do estado de espiríto de estar triste? Negamos então o talento, o jogo de cintura, a forte capacidade de impactar das pessoas que encontram-se bem. Mas, o que é estar bem? Entramos então num pormenor um pouco mais complicado. Estar bem pode significar para alguns e para outros coisas completamente divergentes. Para um poeta conformado, estar triste pode ser estar bem. Caramba, que falta de tato a minha. Bom, mudando um pouco a história de estar bem, triste ou da minha inspiração já ter ido para a Conchinchina há muito tempo e eu estar aqui enchendo a minha própria paciência e de todos os que se atreverem a ler esse texto, falarei hoje sobre o amor. Nossa, mas que grande novidade. Um assunto nada cliché que me foi escolhido mostra mais uma vez a minha grande inspiração, que, espero, seja momentânea. Bom, o que seria o amor? Para alguns é algum tipo de sentimento que transpõe as barreiras do real ou do impossivel, para outros a sensação de leveza indescritível, para outros ainda um sentimento que não acaba nunca, mesmo que você seja encurralado pelas travessuras do amor desleal e fingido, para outros é apenas o dom de viver. Acho que eu fico com a última opção e não defendo a tese então do amor precisar provar ser amor, muito menos se isso significar insistir em sofrer e passar por martírios quase insuportáveis. Certa vez alguém me disse: "Dizer eu te amo é algo muito sério, o amor é para sempre e se você achar que ama alguém e depois achar que ama outra pessoa então quer dizer que na verdade você nunca amou a outra pessoa" Grande bobagem, penso eu. Deus ama todos os seres humanos, os animais e ainda toda a criatura que pensa em vir ao mundo. Quer dizer então que Deus ama apenas a última pessoa que nasceu no mundo? Então você vem e me diz: Mas Deus é um ser diferente, divino, é capaz de amar muitos. E eu pergunto: Se você é um mestre e age de uma forma, não é a intenção principal que os seus seguidores sigam o seu exemplo? Bom, se você então não acredita em Deus, já é algo que devo respeitar. Mas será possível que o ser humano e sua enorme e indescritivel forma seja apenas capaz de gostar demais de uma única pessoa? Eu sinceramente não creio. E sinceramente não prego. Mas isso também não quer dizer que apliquemos ao amor eros a mútua demonstração afetiva se é que você me entende. Acredito na fidelidade e na certeza de que amamos uma pessoa e a queremos para toda a nossa vida ou pelo menos por uma grande parte dela. Se não, não haveria muito sentido nessa bagunça toda. Mas, mesmo que isso seja muito maravilhoso e lindo, precisa ser cultivado. Tolos os que dizem que o amor não acaba ou que mesmo que tudo esteja desandando, você precisa ficar junto, porque é amor, simplesmente. Amor para mim é diferente de tortura. Se as coisas não se encaixam mais, se a admiração acaba, se as pessoas não correspondem mais as expectativas umas da outras, tolera-se, mas por um periodo, depois, não há amor que suporte noites mal dormidas de infelicidade. O amor é divino e poderoso e cura sim, muitas coisas, mas quando o amor começa a ficar doente, é hora de parar, rever ou procurar outro amor, sim, simples. E se outro amor não atrair tanto assim, que tal apelar para o amor próprio? Esse, se bem cultivado, eu garanto, é imutável e eterno. Fora é claro, o amor de Deus, porque esse já ultrapassa as letras e palavras que eu poderia usar. ;)