quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hoje não me parece um dos melhores dias que tive e claramente, isso é bastante incômodo. Poderia discorrer sobre o quanto estou cansada ou o quanto várias coisas insistem em invadir meus pensamentos e idéias e talvez eu resolva discorrer realmente sobre isso, mas agora não me parece muito interessante. Acontece que nesse misto de cansaço físico e emocional, resolvi recorrer ao meu livro fonte habitual. Chorei, relendo, talvez pela vigésima vez, sem exageros muito intensos, o meu livro preferido: "O pequeno príncipe". É impressionante como eu ainda me emociono em igual intensidade todas as vezes que percorro as suas páginas, que não sei quantas são e também não sou uma "pessoa grande" o bastante para me importar. E é ainda mais impressionante como esse livro consegue mudar completamente as minhas perspectivas e formas de visão, dar controle, equilibrio e um ar um tanto interessado nas coisas mais simples, que já me despertam naturalmente o interesse, mas se intensificam. Não sei bem explicar e também acho que emoção é algo extremamente individual. Tenho passado por alguns momentos pelos quais a sensação obtida não tem sido das mais agradáveis. Toda a sensação de cobrança e descrença por todos os lados, todo o pensamento que, mais sensato (e sou grata por um tanto de discernimento que ainda não sendo o exemplo de maturidade, me foi obtido), assumo, mais ainda assim preucupado, me fazem "tremer nas estruturas" em alguns momentos. É realmente dificil conviver com todas as percepções externas que nos cercam e é um tanto louco defender a "ferro e fogo" (ou ainda que não seja esse ditado: a todo custo) nossas percepções, quando completamente antagônicas as propostas por quem quer que seja. Dai meu principezinho (espero que ele não se incomode por também ter me cativado) e sua querida raposa me mostram que "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos" e dá para respirar um pouco nessa pessoalidade que venho exacerbando, cada vez com maior convicção e intensidade. O fato é que eu não gosto das porcentagens em 9. 90% e seus derivados me soam ainda com uma estranheza característica dos muito românticos ou ainda, empregando um termo mais adequado, dos muito intensos, e de fato é basicamente dificil entender a suposta incompletabilidade, se me permitir ou ainda se não me permitir o neologismo. E mais uma vez o meu principe, que tanto me cativa, me acode: "O que torna belo o deserto é que ele esconde um poço nalgum lugar". Espero portanto, que a água do poço tenha o mesmo significado que teve para o lindo principe e o seu devotado viajante perdido no deserto. Quanto ao resto? "É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas" e é assim que eu prefiro acreditar.